segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bastardo Glorioso!

Genialidade... Adoro esta palavra!

Depois de muito tempo sem postar, encontrei tempo e um assunto inspirador para comentar. GENIALIDADE!
Hoje, feriado, resolvi ir ao cinema como tantas outras pessoas comuns. E fui para um evento especial. Fui ver o novo filme de Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios (INGLORIOUS BASTERDS) Veja o trailer:


Além de admirar profundamente a obra do Sr. Tarantino e sua mente sui generis, estava ansioso para ver o filme que, supostamente, trata de nazismo e vingança. Mas sempre há algo mais que se esperar de Tarantino.
E é exatamente isso que ele apresenta nesta obra. Sem deixar de lado sua estética sangrenta e, por vezes, cronologicamente fragmentada, o diretor conta de forma ficcional um dos maiores eventos históricos do mundo. Até aí nada de mais. Muitos já fizeram isso. Outros tantos já se arriscaram a contar o drama do 3º Reich com sua própria visão. Mas estamos falando de Quentin Tarantino! Ele jamais deixaria de ser excêntrico e incomodo ao contar esta história.
O filme se desenrola numa narrativa muito particular e com elementos pop bem ressaltados. Mesmo se tratando de uma história de guerra, tem diversos momentos cômicos que quebram momentaneamente a tensão típica deste gênero.
Aliado a isso, o filme trás uma surpresa no mínimo inusitada. A participação de Mike Myers num papel SÉRIO! Confesso que só me dei conta da presença de Austin Powers por ter visto seu nome nos créditos iniciais.
O filme ainda conta com um trunfo digno de aplausos. Não contente em mostrar uma visão popular do nazismo e um nacionalismo americano sarcástico, Tarantino ainda propõe ao espectador, utilizando a inversão de papeis, a sensação prazerosa sentida pelos alemães ao matar judeus.
Este é o ponto que achei GENIAL! Ele joga no colo do público a decisão de se alegrar ou refletir se é correto ter prazer com a morte cruel de massas. Mesmo que sejam massas guiadas por um ideal duvidoso.
Não quero entrar aqui nos pormenores do filme (quem conta o filme é estraga prazer). Mas fica a dica para quem aprecia um cinema inteligente, crítico e dinâmico.


BASTARDOS INGLÓRIOS, de QUENTIN TARANTINO. Com: Brad Pitt, Eli Roth, BJ Novak, Mike Myers, Michael Fassbender, Diane Kruger, Til Schweiger, Julie Dreyfus.

Vale a pena. Até a próxima!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Reformulando opiniões

Temporariamente fora do ar.

Voltaremos em breve com mais atualizações e opiniões.

Um grande abraço a todos.

Sid Britto

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Minério


Houve um tempo em que eu esperava por uma linda garota, morena ou ruiva, de traços harmônicos e olhos redondos e amendoados. Porém isto era apenas uma grande utopia.
Eu jamais tive grandes idealizações quanto à escolha de uma esposa. Desejava apenas que ela fosse uma excelente pessoa, com caráter apurado e um ótimo senso de humor, além de inteligente e cheia de amor por mim.
Mas você deve estar se perguntando o porque de eu estar escrevendo sobre isto num momento tão disperso das tradicionais datas 'românticas'... Bem, já explico.
Hoje me deparei com uma utópica garota. Aparentemente perfeita e com todos os atributos físico-intelecto-sociais almejados por qualquer homem de bom gosto deste país. E ela me levou a refletir sobre coisas importantes da minha vida.
A verdade é que venho refletindo sobre o amor e a paixão em minha existência já há algum tempo. E encontrar aquela garota, só reascendeu as lâmpadas do meu raciocínio. Por alguns instantes, curtos, voltei a me perguntar o que é realmente importante numa garota para mim. E assim como das outras vezes, concluí que mesmo sendo uma pessoa extremamente chata e exigente, eu sou feliz com a garota que eu escolhi.
Minha garota, não é ruiva, não tem traços harmônicos e não tem olhos redondos e amendoados. Ela é negra, com traços comuns, olhos pequenos e negros e um enorme sorriso brilhante que me estremece toda vez que aparece espontaneamente em minha direção. Este sorriso, específico, sempre vem acompanhado de um estreitamento(ainda maior)dos pequenos olhos brilhantes da minha menina.
A minha garota, não é bonita classicamente, não chama a atenção por suas curvas ou sensualidade aparentes, mas sempre, onde quer que esteja, hipnotiza a todos com sua simpatia e desenvoltura. Não conheci (nem conhecerei) alguém que não goste dela. É impressionante! Ela é uma espécie de unanimidade. Um tipo de ser em extinção.
Dia desse eu estava reparando nela, no que me atraiu nela, no que me fez apaixonar, ela é tão diferente de mim que às vezes até eu me assusto em como nos identificamos e acabamos por ficar juntos. Mas ela é tão integra, tão gentil ao seu modo, tão independente de rótulos, de paradigmas, é tão inteligente, tão meiga, ela é tão especial. Certa vez até disse a ela: Como ninguém descobriu que você é tão bela? Como os homens não conseguem mais garimpar diamantes tão caros, iguais a você?
Ela riu.
Talvez não perceba que é assim. Talvez nunca ninguém contou. Talvez seja tão especial que não vê que é peça única. Talvez seja apenas modesta.
Mas certeza. É um diamante!

Só precisava dizer isso.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Em terra de gente lisa, quem tem bigode é rei!

Esta semana o Brasil vive um clima de tensão e, até mesmo, ansiedade.
Existe uma forte expectativa na queda do coronel, mandatário, nepotista... Enfim, do Presidente do Senado e Ex-Presidente José Sarney.
Houve comoção no Congresso, nas Câmaras, na mídia, na internet e no fim nada disso conseguiu, ainda, derrubar o faraônico político.
É claro que não se espera que movimentos dispersos e campanhas mal organizadas, com focos em diversos pontos do país e digitalmente planejados derrubem um homem tão poderoso, com um esquema escuso tão bem elaborado e conciso, devido aos 54 anos de poder quase que irrestrito na política nacional. Destaque para o Nordeste.
Mas é bom pensar que este tipo de movimento pode pelo menos sacudir a população e inflamar a massa para uma ação mais real e palpável. Exemplos disso não faltam, tanto para o bem como para o mal: O povo e a mídia, JUNTOS, derrubaram Collor. Torcidas ORGANIZADAS (pelo menos neste sentido o nome cabe) Marcam pela internet (muitas vezes concretizam) brigas e atos de vandalismo. Porque essas ferramentas não podem ser usadas para combater déspotas como José Sarney? Podem! E DEVEM!!!
O que falta é uma organização melhor. Boa vontade da mídia em divulgar atos de protesto (sem violência, claro) sem medo dos 'rabos presos'. Falta o povo querer mudar a situação do país, querer conhecer seus direitos, questionar os representantes que ele mesmo, povo, enviou para as cadeiras do governo. Ir as reuniões do Senado, das Câmaras Estaduais e Municipais e saber o que está sendo posto em pauta. Falta amor próprio.
Sarney, assim como outros tantos dinossauros da política nacional, não vai sair de sua zona de conforto por vontade própria ou porque meia dúzia de pessoas se reuniram em avenidas por todo o país. Mas se o povo começar a pressionar os governantes e fizer ações de evidente descontentamento e desaprovação dos métodos utilizados por estes mesmos governantes, eles serão obrigados a responder favoravelmente. Até pela manutenção de seus preciosos postos.
Sem fugir deste assunto e ao mesmo tempo descontraindo um pouco, eu lhes deixo um vídeo, feito como parte da campanha digital #forasarney, que tem apoio de diversas personalidades da mídia brasileira e hilariante por sinal, mostrando as 'últimas horas' e a 'última reunião' de Sarney com o PT.
Confesso que já pensei em fazer esta analogia entre o bigodudo de cá com o bigodudo de lá... Mas do jeito que foi feito... Só vendo:

domingo, 28 de junho de 2009

After birraid de midium

A propósito, após postar o texto 'Birraid de midium' fui conferir as novidades no Esporte Espetacular da TV Globo e me deparei com a belíssima matéria a seguir, sobre os jogadores da Liga da Canela Preta. Estes jogadores negros, lutaram contra o racismo no esporte em tempos de segregação racial intensa no Brasil.

Confiram, pois vale a pena:

'Birraid de midium'

Falemos um tanto de futebol...

Esta semana foi recheada de acontecimentos surpreendentes. Seleções, favoritismos, demissões, negociações, racismo, deficiência idiomática...
Pois bem, fiquemos com os dois últimos. Eu pensei no meio da semana e iria postar dois textos distintos sobre estes acontecimentos que, para mim, marcaram a semana e repercutiram razoavelmente. Mas percebi que eles tem algo em comum. Um ponto de convergência.
Primeiro vamos falar da acusação do lateral Elicarlos (Cruzeiro) ao atacante argentino Maxi Lopez (Grêmio). Segundo o lateral, o atacante o teria ofendido chamando-o de 'macaco'. Em primeiro lugar não há razão para 'macaco' ser xingamento, mesmo porque acredita-se que toda a raça humana ascende destes seres. E se há razão, vale a máxima que minha mãe sempre ensinou: 'Não se ofenda com o que você não é! Não serve para você!' Outro ponto é que não parece educado ou inteligente nos tempos que vivemos xingar alguém apelando para raças... Já está mais do que provado que negros, brancos, orientais, índios ou qualquer raça que seja contribuíram e contribuem muito para o desenvolvimento da sociedade. E de forma igualitária! Portanto não há sentido em querer se diminuir o outro apelando para este tom retrógrado.
Ainda mais no esporte onde isto é muito saliente.
Deve-se lembrar que os maiores atletas da história são negros: Pelé, Michael Jordan, João do Pulo,Tommie Smith e John Carlos, Daiane dos Santos, Vênus e Serena Willians, Lewis Hamilton, Samuel Eto'o, Anthony Nesty,Tiger Woods, Bill Russell, entre outros milhares. Por isso o mínimo de respeito é necessário.
Falando em respeito, outro fato chamou a atenção esta semana. O inglês do técnico Joel Santana.
Muito se falou, postou, riu, rimou, harmonizou e até ridicularizou sobre a
entrevista do comandante da seleção sul-africana. Porém, pouco se fez para analisar e criticar com bom senso suas palavras.
É de conhecimento geral que no País do Futebol as pessoas gostam de embarcar nas mazelas alheias e que aqui se ri dos outros mesmo tendo os mesmos defeitos ou até piores. A chamada 'Síndrome do Pavão.'
Isto aconteceu, na minha visão claro, no caso de Joel. Muitos falaram dele, riram do seu inglês de pronuncia terrível e até fizeram funks. Mas também muitos desses, se esqueceram que mal falam o português. Ou até tem conhecimento, muitas vezes vasto, da língua inglesa e se embananam na hora de conversar téte-a-téte no idioma.
Joel pode ter se atrapalhado, pode não falar um inglês nativo, pode até ter errado algumas expressões, mas eu garanto, foi compreendido por seu entrevistador. Ele foi corajoso. Não fugiu. Não se esquivou. Falou com fluência.
Fez o contrário de seus acusadores. Ele foi homem e deu 'a cara a tapa'. Muitos dos que riram dele jamais teram esta coragem e desenvoltura. O fato é que só aqui isso acontece. Só os brasileiros riem do mau idioma alheio. Eu aposto, que se ele conversar com um americano, inglês ou qualquer outro nativo ele não irá rir. Ele irá ajudá-lo a aperfeiçoar sua fluência.
Já disse o Paulo Autuori em sua entrevista sobre o racismo no jogo do Grêmio: 'Vamos parar de hipocrisia!' Todo mundo sabe que há racismo onde quer que se vá e que não é chamando desportistas para depor com cafezinho que vamos acabar com ele. Assim como não é discriminando os outros ou menosprezando seu esforço que se formará uma nação mais forte e sem deficiências.
Acorda Brasil! Existem temas sérios para se tratar do que rir ou humilhar.
Acorda Imprensa! Seu papel e missão é trazer educação e cultura, não incentivar a falta delas.

As vezes eu fico sem entender...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Vide Rótulo

Esta semana surgiu um assunto na grande mídia que tomou as rodas de bar, as redações, as universidades e, principalmente, os recém-formados jornalistas.
Afinal, o diploma de jornalista, agora não obrigatório, é ou não é importante para o desenvolvimento da profissão?
Bem, eu confesso que num primeiro momento preferi ficar fora da discussão, até mesmo para avaliar os dois lados da questão e para ouvir argumentos de defesa e desaprovação da nova lei.
Pensando muito e observando prós e contras, me deparei com a excelente discussão proposta pelo blog
Coletivo de Sheila Moreira e ecoada pelos brilhantes Pós-Texto de Bruno Calixto e Entreditas de Renata Alves.

Cliquem nos links e tirem suas conclusões...

A minha deixo a seguir. Não com o brilhantismo dos profissionais acima, mas com minha humilde visão dos fatos.

Você já foi ao supermercado, pegou um produto, pagou e ao chegar em casa viu que aquele produto estava a uma semana do prazo de validade? Ou fez a mesma coisa e ao olhar a data se deparou com um produto já vencido? Ou ainda, chegou a comer, usar, desfrutar do artigo e só aí se deu conta da validade?
Pois é... É mais ou menos isso que milhares de estudantes de jornalismo, formados ou não, estão passando. Eles tem a impressão neste momento de que compraram um produto que não lhes será útil por muito tempo. Eles tem ou terão um diploma que segundo as novas regras, não é obrigatório. Eles investiram, além de dinheiro, tempo e concentração. Sacrificaram muito mais do que horas estudando para vestibulares e provas semestrais ou concluindo TCCs. Sacrificaram horas de
convívio familiar, namoros, amizades, diversão, cultura, viagens de férias ou de intercâmbio, apenas para se dedicarem a ter um diploma e uma profissão reconhecidamente de nível superior.
E quando digo nível superior não quero dizer que agora a profissão será menor, longe disso, só estou afirmando que nada é mais justo para alguém que se esforçou tanto, que ter o seu esforço reconhecido através de um destaque em relação a quem não teve este mérito. Seja isto por vontade própria ou não.
É fato que existem exceções e que algumas pessoas são naturalmente propensas a certas atividades, mas repito, são EXCEÇÕES. Não se pode generalizar. Se fosse assim, todos os médicos falsários que enganam centenas de pessoas e estão constantemente nos noticiários, poderiam exercer a medicina apenas por gostarem ou levarem jeito.
Além disso, na universidade são dadas noções valiosas sobre ética profissional e de cidadania que o indivíduo não formado terá que aprender sozinho e muitas vezes sofrendo com desilusões e até processos.
Outro ponto é a comodidade que haverá, agora declaradamente pois isso é papo velho, para 'ícones do jornalismo' indicarem filhos, sobrinhos, netos, cunhados, sogras... E todos os parentes, periquitos e papagaios que se possam imaginar para as melhores vagas, apenas por terem 'aptidão' para o jornalismo. Nepotismo barato.
Escrever, qualquer um escreve. O difícil é escrever com concisão. Não é o diploma universitário quem vai proporcionar isso, mas também não é a falta dele.
Não se preocupem amigos diplomados, nada vai mudar. Pensem em seus diplomas como um trunfo e não como um artefato decorativo em suas paredes. Lembrar o esforço desferido para alcançar este 'pedaço de papel inútil' é a força que vocês precisam para transpor as barreiras que ainda virão. A verdade virá... Sempre vem. E é sempre um jornalista quem a informa.

Carta que o atual presidente da Intercom (Sociedade Brasileira de Estados Interdisciplinares da Comunicação) enviaram ao STF. Nela, eles afirmam:

O diploma de jornalismo, que agora se discute, não constitui uma simples reserva de mercado. Estabelece, isto sim, que o jornalista deve passar pelos bancos da Universidade. Só ali esse agente da informação coletiva pode se qualificar profissionalmente. E onde pode adquirir clara percepção das responsabilidades que tem perante à sociedade.

Esta é a tese que advogamos, na expectativa de que os Juizes da Suprema Corte possam discernir o verdadeiro mérito do que vão decidir. Não se trata de defender uma categoria, mas, acima de tudo, garantir ao conjunto da sociedade brasileira o direito de ser bem, livre e corretamente informada.

Apoie a campanha da Fenaj clicando aqui.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Igualmente diferenciados



Os moletons da Sun Rocha contrastavam, tanto no preço como no estilo, com os caríssimos Adidas de última geração. Eram dois. Garotos. Brancos. Daqueles em que se nota ao longe pertencerem a Classe C, recem-salva da 'miséria' pelo governo do presidente Lula.

Mas eram dois, falavam mansamente, com jeito de trabalhadores. Como os milhares que são criados com esforço e dedicação por mães, muitas vezes, domésticas e pais porteiros. Pessoas simples que tentam dar um tanto da dignidade e oportunidade que, eventualmente, lhes faltaram aos seus filhos.

Conversavam sobre casualidades e riam um do outro com um sorriso inocente e amigável. Tentavam, quase incessantemente, encabular o outro frente aos presentes no Metropolitano Paulistano. Tudo muito franco e em tom de amizade real e parceria longínqua.

De repente, na parada da estação da Sé, surge um terceiro vindo do final do vagão. Vestido de forma semelhante e com o mesmo humor infantil, porém negro, muito negro. Este rapaz, um pouco mais velho, era mais áspero em seus comentários e com três ou quatro frases conseguiu encabular os outros dois garotos a ponto de haver da parte deles um (ainda que tímido) pedido de clemência.

Quando os ânimos começaram a se animar e a discussão tomava corpo, eis que surge um quarto garoto da turma. Vindo sabe-se lá da onde, o rapaz estava acompanhado de sua namorada. Esta garota, extremamente magra e com traços e trejeitos bem nordestinos, vestia-se diferente daqueles três primeiros 'caras', como ela os chamava. Trajava roupas 'emos' e de modelos pouco sofisticados como as de seus amigos. Ela, provavelmente com seu 'poder feminino', levava em seu estilo o quarto garoto e fazia nítida a disparidade dos dois com o restante do grupo.

Bem, voltando a cena, os dois apareceram e logo colocaram fim a todo o clima chato do 'encontro'.

A garota pouco falou, mas o que falou ficou muito bem colocado e firme:

- Como vocês podem discutir desse jeito e se ofender se vocês são amigos desde as fraldas? R-I-D-Í-C-U-L-O!

Seu namorado ainda completou com um - É isso mesmo. Somos amigos desde pequenos, Caras!- Mas foi só um reforço da lição que a garota já havia ensinado com 17 palavras muito bem colocadas.

Observando isso, percebi que estava frente-a-frente com uma valiosa lição da vida:

Não importa qual a sua condição, cultura, personalidade ou estilo. Os amigos que você cultiva em sua caminhada estão acima destas coisas e sempre estarão ligados a você tanto nas horas boas como nas de dificuldade.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Lei e o 'Crime'

É muito engraçada a relação humana com suas atividades de sustento...
As pessoas, e sociedades, de um modo geral, agem de uma forma distorcida e muitas vezes até cômica nesta relação.
Dia desse eu estava no trem, faço isso com certa frequência, e reparei em uma coisa que já havia visto milhares de vezes, mas que nunca tinha me chamado a atenção, pelo menos não desta forma.

Trem parado, Lapa, entra um homem com sua mochila, até aí tudo normal, ele encosta na parede do vagão de uma forma muito cotidiana e logo após as portas se fecharem desfere seu já manjado bordão:
- Olha a Coca, Brahma, Skol!!!
Todos são atraídos por milésimos de segundos para a voz já rouca daquele cidadão. Muitos sequer lhe dão atenção, eu sim. Por algum motivo, naquele dia isso me prendeu os olhos. O homem vende umas três, talvez quatro latinhas e corre para 'reembalar' todo o emaranhado de plásticos que protegem sua bolsa da 'molhadeira' do gelo derretido.
A próxima estação está perto, o homem olha atentamente por entre os vidros. Sabe que um vacilo pode colocar tudo a perder... Ele se encosta novamente no vagão. Não quer levantar suspeitas. Muito menos arrumar confusão com os seguranças que torcem para prender uma bolsa como a dele num dia de calor.
Percebo que conheço aquele rapaz. Já o vi diversas vezes vendendo seus refrigerantes e cervejas dentro dos vagões. Neste momento, sim caro leitor no exato momento que o reconheço, me vem um questionamento à cabeça: Se eu que ando no máximo três vezes de trem na semana, conheço aquele homem. Como é que a segurança, que está diariamente nas estações, não põe um fim nas vendas de vagão?

Entenda meu amigo leitor... Eu não estou me colocando nem contra e muito menos a favor da venda nos vagões. Só estou dizendo que, se a CPTM luta tanto para acabar com o comércio em suas linhas, ao ponto de atrapalhar a viagem dos passageiros com aqueles avisinhos meia boca de que é tudo ilegal. Por que ela não identifica todo mundo e já não barra os comerciantes logo nos primeiros dias?
Depois deste episódio, outros fatos me chamaram a atenção com respeito à 'venda ilegal' de qualquer artigo que seja. Um exemplo é:
A polícia toda semana está na região da 25 de Março em São Paulo fazendo prisão de ambulantes e de mercadoria. Porém sempre existem centenas de ambulantes e mercadorias no centro da cidade.
Ao menos das vezes que fui até a 25 de Março, nunca me faltaram opções. E também nunca faltou policiamento, que é uma das vantagens que o Governo conta.
Observando isso, percebi que, ou os policiais (seguranças CPTM) só prendem mercadoria quando querem. Ou há uma grande hipocrisia em relação ao comércio informal...

De todo modo, é um caso para se pensar.



sexta-feira, 1 de maio de 2009

Blasterioplasto

Estava eu aqui, analizando hipoteticamente as loucuras e desplasias humanas, quando me lembrei que eu mesmo posso ser o louco maior. E que a minha loucura pode ser o mais contagioso dos vírus suinos, equinos ou galináceos de que se tem notícia.
Eu mesmo, em alguns momentos, não compreendo o avanço 'camisa-de-forlçal' de minha loucura prévia. Por isso decidi escrever estas linhas. Apenas para desabafar comigo ou com quem tem tempo de ler estes mal fadados textos o meu sentimento interio-emblemático. 

sexta-feira, 27 de março de 2009

E que invocado!

Você, caro leitor, já teve a impressão de entrar num lugar pensar que seria o pior programa da tua humilde vida e descobrir-se redondamente enganado?

Tive esta experiência ontem.

Acordei ontem numa chatice ímpar... Sem vontade de absolutamente nada. O dia correu tranquilo neste meu chalé improvisado debaixo da Ponte do Piqueri. Porém, o pior estava por vir!

Eu teria, irremediavelmente, que comparecer a aula de Técnicas Redacionais na universidade que a Cota-de-afro-descendentes-desempregados-por-conta-da-crise me proporcionou.

Chegando lá, ao adentrar os portões do que para mim seria o Massacre do Emissor X O Receptor Auditivo (no caso eu), já comecei adiantadamente a resmungar e proferir as mais escabrosas orações chulas que o meu russo pré-guerra conseguira expressar.

Mas o inimigo foi traiçoeiro, montou um esquema sofisticado, uniu-me a um par de garotas bonitas, levemente bronzeadas pelo sol do Mediterrâneo. Propôs uma atividade assas interessante, cheia de poesia, contos, frases e 'cases' publicitários... Coisas que em minha terra natal são como entregar notas de R$50 a um transeunte desnudo.

Pois bem, após a conclusão dos exercícios, que eram de uma facilidade insolúvel, senti-me saciado e cheio de alegria! Sim, caro leitor, o inimigo havia concluído seu objetivo! Havia me aniquilado, me enlaçado, me ludibriado, como um pai oferecendo um pacote de biscoitos ao filho desconsolado no supermercado.

E para me humilhar, para me desmoralizar publicamente, ainda deu o seu golpe final... Dispensou a classe UMA AULA mais cedo!!!

Foi o caos. Ficamos todos, os jovens e os senis, enbabacados com o poder de nosso adversário.



No fim de tudo, a melhor lição que se aprendeu foi:



NÃO SE PODE JULGAR UM DIA, PELO QUE SE ACHA QUE ACONTECERÁ NELE.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Paradise Now

Assista a este belíssimo filme, altamente recomendado por este blog!
Dica da querida colega Sheila Moreira do blog Coletivo.

Depende

Os fatos...
Fatos são coisas engraçadas. Eles dependem muito do ponto de vista.
Um camarada que presencia um acidente automobilístico, vai relatar os fatos de sua ótica e de seu peculiar ponto de vista. Embora na mesma cena hajam dezenas, ou talvez, centenas de pessoas com visões diferentes dos fatos, para a nossa personagem a sua descrição é a mais correta e completa existente no mapa mundi
Eu estive hoje em uma palestra do renomado colunista da Folha de S.Paulo Vinicius Torres Freire.
Ele explanava acerca de como a classe jornalista deve se portar diante da Crise Econômica.
Ao abrir para perguntas, no final de seu discurso, um jovem estudante indagou sobre a possibilidade da crise atual ser muito maior que a de 1930. Torres, muito gentilmente, expôs sua posição sobre esta afirmativa. O rapaz, não satisfeito, aquietou-se e aguardou o fim do evento. Ao sair, o jovem comunicador com anos pela frente para descobrir os mistérios do jornalismo eficaz fez uma série de exclamações contrárias e agressivas a pessoa do senhor Torres. Mal sabendo ele que esteve frente a frente com um dos maiores editores de economia do país e com experiência e confiabilidade que lhe dão direito de expressar a opinião mais absurda que se possa pensar.
Mas claro... Tudo depende do ponto de vista.

Gênesis

Eu estou de volta...

Moderno, polêmico, um novo Sid!

Sinceramente, espero conseguir 'postar' com regularidade (coisa que não consegui na edição anterior).

Este é um novo começo. De uma história que tem tudo para dar certo. Um novo 'layout'. Um renovado 'blogger'. Novas idéias e novos horizontes.

Boa sorte a todos nós...

Sejamos bem-vindos!!!