Opinasid - Sid Britto
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Morena
Ela estava linda! Não fugia do comum, é verdade, camiseta branca e jeans azul com lavagem clara. Mas estava linda!
Geralmente a acho lindíssima. Mas ontem estava linda fora dos padrões. Nos encontramos propositalmente apenas para nos vermos e matarmos as enormes e massacrantes saudades que já nos dominavam desde a longínqua terça feira, dois dias atrás.
Eu a aguardei ansiosamente. Como quem espera uma notícia boa no corredor de um hospital. E eis que surge ela! Reluzente pela luz da lua. Com sua pele alva e sorriso cativante. Trazia consigo uma embalagem branca, onde se podia ver ao longe a presença do líquido precioso.
A recebi entre abraços e beijinhos com o máximo de carinho que o momento me permitia. Adentramos e logo em seguida já pude perceber a sua graça e simpatia.
Conversamos brevemente, como sedentos pela presença um do outro, e tentando aproveitar ao máximo o pouco tempo que nos restava. Comemos, falamos, rimos, nos olhamos, sorrimos, nos abraçamos, acarinhamos, voltamos a rir, nos curtimos.
E embora o tempo cronológico tenha sido satisfatoriamente suficiente, para mim não passaram de simples e breves minutos preciosos. Enfim ela se foi. Me deixou ali abandonado e ansioso por sua presença já tão necessária. Sozinho e desamparado por sua beleza já tão pungente e seus carinhos inevitáveis.
Ela me faz tão bem e vê-la me é tão agradável, que nesses dias já quase posso explodir de felicidade. Ela completa tantas coisas das quais sou vago e me é de um carinho tão imenso e acolhedor, que eu já não sei se quero andar sozinho por este mundo.
Sua presença se faz tão instantânea e é tão constante em cada pensamento, que mesmo querendo, e porque não dizer, me esforçando para escrever um texto elogiando sua beleza e atributos externos, não consigo parar de observar e elogiar suas qualidades interiores e de caráter.
É certo e notório para toda gente que há muito tempo já me apaixonei por ela. Mas eu pergunto humildemente: Teria como ser diferente? Depois de tudo que ela me trouxe? Depois de todos os sentimentos bons que ela já me dirigiu? Depois da paciência que teve, e tem, comigo todos os dias? Respondam-me! Teria como? Eu creio que não.
Ela tem sido maravilhosa! Tem me proporcionado momentos de extrema alegria e descontração. Tem melhorado minha aparência. Tem trazido novos sorrisos ao meu rosto e, principalmente, tem melhorado o que para muitos é o meu grande defeito: o humor ácido.
É por essas e outras que eu não posso deixar passar uma oportunidade como esta de falar tudo o que sinto interna e externamente por ela. E tenha certeza, ela merece cada palavra. Mesmo que em meu vocabulário não haja tantas para defini-la. Sei que existem muitas coisas a serem ditas e ao mesmo tempo nada a dizer, pois o sentimento já cala a razão.
sábado, 26 de novembro de 2011
Ser cristão
Conclusão
Cheguei ao ponto de não me importar com a opinião alheia.
Vivendo na contramão do mundo
E mesmo que tudo isso pareça estranho,
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
O Prazer da Conquista
Se apaixonar é uma delícia, você sente aquele friozinho no estômago, toma banhos melhores, se perfuma mais, atualiza o guarda-roupa, sorri, fica mais tolerante, acorda mais disposto, enxerga a vida colorida, etc... Mas eu fico imaginando até quando isso dura? Ou em quantos relacionamentos essas sensações são realmente vivenciadas plenamente?
Eu nunca fui um dos caras mais populares do mundo. Nem o mais bonito, ou charmoso, ou atraente, ou com qualidades físicas e atléticas invejáveis, e como conseqüência, não fui dos que teve muitos relacionamentos amorosos.
Ser uma pessoa assim, aliado ao fato de ser um observador compulsivo do comportamento humano em todas as instâncias, me fez atentar para o prazer da conquista.
Certa vez, disse a uma garota que ela era bonita e que sua personalidade era apaixonante e me indignei com o fato de NINGUÉM ter reparado nisso até então só porque a menina não seguia exatamente o padrão de beleza imposto pela sociedade.
Hoje, pensando sobre a minha vida e sobre o meu passado percebi que me encontro na mesma situação da garota que elogiei. Não é auto piedade ou síndrome de coitado, nem
nada disso. São apenas os fatos. Escrevo sobre isso com tranqüilidade porque nunca fui escravo dos elogios ou da aprovação das pessoas, pelo contrário, sou muito mais adepto do ‘Quod me nutrit me destruit’ – O que me nutre me destrói – e levo numa boa o fato de nunca ter sido elogiado ou querido por uma mulher na juventude.
Superada esta fase, posso concluir a minha crônica com liberdade... “O Prazer da Conquista”. Título imponente para um pensamento e opinião tão simples.
Eu acredito que quanto mais as pessoas namoram, se pegam, ficam, se enrolam, conquistam, menos o prazer da conquista age no organismo. Menos adrenalina, endorfina e quaisquer outras ‘inas’ que possam causar processo químico podem operar.
Suponhamos que você, assim como eu, gosta muito de camarão e vai a um daqueles restaurantes especializados por uma semana. No 1ª dia você come com gosto, sentindo cada sabor, cada tempero, degustando com muita vontade e satisfação. No 2ª dia você também come com gosto, mas a sensação já é bem menor. Passam-se os dias e você está no 4º ou 5º dia. Posso garantir que você ou já não come com gosto, ou já enjoou e sequer toca no belíssimo e já não tão convidativo prato a sua frente.
Assim acontece na conquista. Da primeira vez que você ouve um elogio, um galanteio, ou até um xaveco, você se sente bem e seu
coração vibra com toda a mistura química produzida por seu corpo. Acontece isso também quando é você quem elogia, galanteia e xaveca. Mas quando isso se torna uma rotina, ou acontece repetidas vezes, torna-se banal, e acaba perdendo o encanto e o sabor.
Por isso eu digo que a melhor coisa é namorar pouco. Porque quanto mais personalizados são os encantos, os carinhos, os afetos, mais especial se torna estar ao lado de alguém. É uma questão de exclusividade, de ter a sensação de ser único, especial, eterno. É uma questão de bem estar.