As pessoas, e sociedades, de um modo geral, agem de uma forma distorcida e muitas vezes até cômica nesta relação.
Dia desse eu estava no trem, faço isso com certa frequência, e reparei em uma coisa que já havia visto milhares de vezes, mas que nunca tinha me chamado a atenção, pelo menos não desta forma.
Trem parado, Lapa, entra um homem com sua mochila, até aí tudo normal, ele encosta na parede do vagão de uma forma muito cotidiana e logo após as portas se fecharem desfere seu já manjado bordão:
- Olha a Coca, Brahma, Skol!!!
Todos são atraídos por milésimos de segundos para a voz já rouca daquele cidadão. Muitos sequer lhe dão atenção, eu sim. Por algum motivo, naquele dia isso me prendeu os olhos. O homem vende umas três, talvez quatro latinhas e corre para 'reembalar' todo o emaranhado de plásticos que protegem sua bolsa da 'molhadeira' do gelo derretido.
A próxima estação está perto, o homem olha atentamente por entre os vidros. Sabe que um vacilo pode colocar tudo a perder... Ele se encosta novamente no vagão. Não quer levantar suspeitas. Muito menos arrumar confusão com os seguranças que torcem para prender uma bolsa como a dele num dia de calor.
Percebo que conheço aquele rapaz. Já o vi diversas vezes vendendo seus refrigerantes e cervejas dentro dos vagões. Neste momento, sim caro leitor no exato momento que o reconheço, me vem um questionamento à cabeça: Se eu que ando no máximo três vezes de trem na semana, conheço aquele homem. Como é que a segurança, que está diariamente nas estações, não põe um fim nas vendas de vagão?
- Olha a Coca, Brahma, Skol!!!
Todos são atraídos por milésimos de segundos para a voz já rouca daquele cidadão. Muitos sequer lhe dão atenção, eu sim. Por algum motivo, naquele dia isso me prendeu os olhos. O homem vende umas três, talvez quatro latinhas e corre para 'reembalar' todo o emaranhado de plásticos que protegem sua bolsa da 'molhadeira' do gelo derretido.
A próxima estação está perto, o homem olha atentamente por entre os vidros. Sabe que um vacilo pode colocar tudo a perder... Ele se encosta novamente no vagão. Não quer levantar suspeitas. Muito menos arrumar confusão com os seguranças que torcem para prender uma bolsa como a dele num dia de calor.
Percebo que conheço aquele rapaz. Já o vi diversas vezes vendendo seus refrigerantes e cervejas dentro dos vagões. Neste momento, sim caro leitor no exato momento que o reconheço, me vem um questionamento à cabeça: Se eu que ando no máximo três vezes de trem na semana, conheço aquele homem. Como é que a segurança, que está diariamente nas estações, não põe um fim nas vendas de vagão?
Entenda meu amigo leitor... Eu não estou me colocando nem contra e muito menos a favor da venda nos vagões. Só estou dizendo que, se a CPTM luta tanto para acabar com o comércio em suas linhas, ao ponto de atrapalhar a viagem dos passageiros com aqueles avisinhos meia boca de que é tudo ilegal. Por que ela não identifica todo mundo e já não barra os comerciantes logo nos primeiros dias?
Depois deste episódio, outros fatos me chamaram a atenção com respeito à 'venda ilegal' de qualquer artigo que seja. Um exemplo é:
A polícia toda semana está na região da 25 de Março em São Paulo fazendo prisão de ambulantes e de mercadoria. Porém sempre existem centenas de ambulantes e mercadorias no centro da cidade.
Ao menos das vezes que fui até a 25 de Março, nunca me faltaram opções. E também nunca faltou policiamento, que é uma das vantagens que o Governo conta.
Observando isso, percebi que, ou os policiais (seguranças CPTM) só prendem mercadoria quando querem. Ou há uma grande hipocrisia em relação ao comércio informal...
De todo modo, é um caso para se pensar.
Depois deste episódio, outros fatos me chamaram a atenção com respeito à 'venda ilegal' de qualquer artigo que seja. Um exemplo é:
A polícia toda semana está na região da 25 de Março em São Paulo fazendo prisão de ambulantes e de mercadoria. Porém sempre existem centenas de ambulantes e mercadorias no centro da cidade.
Ao menos das vezes que fui até a 25 de Março, nunca me faltaram opções. E também nunca faltou policiamento, que é uma das vantagens que o Governo conta.
Observando isso, percebi que, ou os policiais (seguranças CPTM) só prendem mercadoria quando querem. Ou há uma grande hipocrisia em relação ao comércio informal...
De todo modo, é um caso para se pensar.